História Deuses lendo Percy Jackson e o Ladrão de raios (2024)

Desafio vocês a acharem as partes mudei nesse capítulo.

Oferecem-me uma missão- leu Afrodite.

Percy, Annabeth e Grover suspiraram se lembrando do caos que foi essa missão.

- Que foi não pode ter sido tão ruim assim- disse Thalia.

- Eu só tenho uma coisa a dizer se mais algum de vocês perderem o símbolo de poder e me colocarem pra encontrar eu juro que quando achar eu enfio onde o sol não bate- disse Percy com os olhos fechados e com os dentes cerrados fazendo todos os Deuses engolirem seco.

Na manhã seguinte, Quíron me mudou para o chalé 3.

Não tive de compartilhá-lo com ninguém. Tinha espaço à vontade para todas as minhas coisas: o chifre doMinotauro, um conjunto de roupas de reserva e uma sacola de artigos de toalete. Ia me sentar à minhaprópria mesa de jantar, escolhia todas as minhas atividades, determinava o ―apagar das luzes sempreque tinha vontade e não ouvia mais ninguém.

E me sentia totalmente infeliz.

Bem quando começava a me sentir aceito, a sentir que tinha um lar no chalé 11 e poderia ser um garotonormal - ou tão normal quanto é possível quando se é um meio-sangue -, fui separado como se tivessealguma doença rara.

Poseidon fez careta ao ouvir como seu filho foi tratado.

- Só Jacob e eu ficamos perto do Percy para treinar ou só ficar conversando mesmo- disse Luke.

- Principalmente você né Luke- disse Chris provocando.

Ninguém mencionou o cão infernal, mas tive a sensação de que estavam todos falando sobre isso pelasminhas costas. O ataque assustara todo mundo. Ele mandou duas mensagens: a primeira, que eu era filhodo Deus do mar; a segunda, que os monstros não mediriam esforços para me matar. Podiam ate invadirum acampamento que sempre foi considerado seguro.

Os outros campistas mantinham distância de mim na medida do possível. O chalé 11 estava agitadodemais para receber aula de esgrima junto comigo depois do que eu fizera com o pessoal de Ares nobosque, e assim minhas aulas com Luke passaram a ser particulares. Ele me exigia mais do que nunca, enão tinha medo de me machucar e sempre que eu acertava um movimento com a espada ou o desarmava ele me dava um selinho, no início eu me assustei mas com o tempo fui me acostumando não sabia o que sentia a única coisa que eu sabia era que eu gostava e muito.

- Que bela recompensa que você dava pra ele Luke- disse Travis em tom malicioso fazendo Luke e Percy ficarem mais vermelhos do que uma cereja e arrancando risadas de praticamente toda a sala.

- Isso é normal quando se está apaixonado ninguém nunca sabe exatamente o que sente só que gosta da sensação- disse Afrodite.

- Você vai precisar de todo o treinamento que puder obter - prometeu, enquanto trabalhávamos comespadas e tochas flamejantes. - Agora vamos tentar de novo aquele golpe de decapitar víboras. Maiscinqüenta repetições.

Annabeth ainda me ensinava grego pela manhã, mas aprecia distraída. A cada vez que eu dizia algumacoisa, ela fechava a cara, como se eu tivesse acabado de lhe dar um soco.

Depois das aulas, ela ia embora resmungando consigo mesma:

- Missão... Poseidon?... Grande porcaria... Preciso de um plano...

- Com licença- disse Poseidon olhando para a garota.

- Annabeth eu não sei o que aconteceu mas, não está na hora dê colocar a rivalidade que eu tenho com Poseidon já que pelo jeito que estão as coisas foi algo grave- disse Athena.

- Perdão- disse Annabeth.

Até Clarisse mantinha distância, embora os olhares venenosos deixassem claro que queria me matar porter quebrado sua lança mágica. Queria que ela simplesmente gritasse, me desse um soco ou coisa assim.

Era melhor me meter em brigar todos os dias a ser ignorado.

Soube que alguém no acampamento andava ressentido comigo, porque uma noite entrei no meu chalé eachei um jornal horrível jogado porta adentro, um exemplar do New York Daily News, aberto na páginaMetrópole. Levei quase uma hora para ler a matéria, porque quanto mais ficava zangado mais as palavraspareciam flutuar na página.

- Jacob- sussurrou Luke Percy olhos pra ele- achei que tivesse visto ele com um jornal na mão, mas achei que era impressão minha.

MENINO E SUA MÃE AINDA DESAPARECIDOS DEPOIS DE ESTRANHO ACIDENTE DE CARRO

Por Ellen Smythe

Sally Jackson e seu filho Percy ainda não foram encontrados uma semana depois de seu misteriosodesaparecimento. O carro da família, um Camaro 1978, totalmente queimado, foi descoberto no últimosábado em uma estrada ao norte de Long Island com o teto arrancado e o eixo dianteiro quebrado. Ocarro havia capotado e derrapado por várias centenas de metros antes de explodir.

Mãe e filho tinham ido passar um fim de semana em Montauk, mas saíram às pressas, sob circunstânciasmisteriosas. Pequenos sinais de sangue foram encontrados no carro e perto da cena do desastre, masnão havia outros indícios dos Jackson desaparecidos. Residentes da área rural declararam não ter vistonada de inusitado por volta da hora do acidente.

O marido da sra. Jackson, Gabe Ugliano, alega que o enteado, Percy Jackson, é uma criança

problemática que foi expulsa de inúmeros internatos e demonstrou tendências violentas no passado.

- É sério isso esse pedaço de estrume está culpando você pelo desaparecimento da sua mãe- disse Léo indignado.

- Fazer o que né- disse Percy

A polícia não diz se o filho Percy é suspeito do desaparecimento da mãe, porém não descarta a hipótesede crime. Abaixo estão fotografias recentes de Sally Jackson e Percy. A polícia solicita a qualquer pessoaque tenha alguma informação que ligue gratuitamente para o disque-denúncia de crimes, a seguir.

O número do telefone estava circulado com marcador preto.

Amarrotei o jornal e joguei fora, depois me joguei em meu beliche no meio do chalé vazio.

―Apagar das luzes, disse para mim mesmo, arrasado.

- Está muito estressando pro meu gosto peixinho- disse uma voz atrás de mim me fazendo levantar num pulo e olhar para ver quem era e pro meu alívio era só Luke.

- Quer me matar do coração?- perguntei me deitando novamente.

- Não só resolvi vir fazer uma visita para ver como estava- disse Luke se sentando ao meu lado e começando a fazer carinho nos meus cabelos fazendo eu relaxar na mesma hora- o que aconteceu pra te deixar desse jeito?

- Nada demais- disse fechando os olhos e aproveitando o carinho quando senti os lábios de Luke se chocarem contra os meus iniciando uma beijo calmo.O beijo durou até o ar fazer falta.

- Ei ta que o clima está esquentando- disse Connor.

- Cala boca que não aconteceu nada além disso- disse Luke vermelho enquanto Percy escondida o rosto em seu pescoço.

- Vai dormir peixinho amanhã você tem que acordar cedo- disse Luke me puxando para mais perto dele, me abrçando e voltando a fazer carinho no meu cabelo- vou estar aqui quando acordar.

E com isso eu apaguei. Naquela noite, tive meu pior pesadelo até então.

- Pensei que você coseguia evitar que Percy tivesse esses pesadelos- disse Annabeth.

- E consigo eu só levantei pra tomar água- disse Luke.

Eu corria pela praia no meio de uma tempestade. Dessa vez, havia uma cidade atrás de mim. Não NovaYork. O panorama era diferente: os edifícios eram mais afastados uns dos outros, havia palmeiras ecolinas baixas a distância.

Cem metros adiante, na arrebentação, dois homens estavam brigando. Pareciam lutadores de tevê,musculosos, com barbas e cabelos compridos. Ambos usavam túnicas gregas esvoaçantes, umaguarnecida de azul, a outra, de verde. Atracavam-se, lutavam, chutavam e davam cabeçadas, e a cadavez que tocavam, caíam raios, o céu escurecia e ventos sopravam.

Eu precisava detê-los. Não sabia por quê. Mas, quanto mais eu corria, mais o vento me empurrava devolta, até eu correr sem sair do lugar, os calcanhares se enterrando inultimente na areia.

Por cima do rugido da tempestade, pude ouvir o de túnica azul gritando para o de túnica verde: Devolva!

Devolva! Era como se uma criança do jardim-de-infância estivesse brigando por causa de um brinquedo.

As ondas ficaram maiores, arrebentando na praia e me borrifando com sal.

Eu gritei: Parem com isso! Parem de brigar!

O chão estremeceu. Risadas vieram de algum lugar embaixo da terra, e uma voz profunda e maligna megelou o sangue.

Venha para baixo, pequeno herói, a voz sussurrou. Venha para baixo!

Todos os Deuses olharam para Hades com olhares acusadores.

- Não era ele- disse Percy.

- Mas se não era Hades quem era?- perguntou Hermes, Percy não respondeu apenas olhos para as próprias mãos que estavam dadas com as de Luke.

-πατέρας- disse Poseidon fazendo todos os seus irmãos juntamente com os outros Deuses errigecerem.

A areia se abriu embaixo de mim numa fenda que ia direto ao centro da Terra. Meus pés escorregaram eas trevas me engoliram.

Acordei, certo de que estava caindo.

- Percy, Percy acorda- dizia Luke me sacudindo- há graças aos Deuses, o que aconteceu foi que aconteceu eu me levantei pra tomar água e você estava falando coisas sem sentido e se mechendo muito- ele perguntou se sentando ao meu lado não pensei duas vezes e abracei ele escondendo meu rosto em seu peito- ei já passou foi só um pesadelo.

Sai do meu estupor quando ouvi um som oco à porta, o som de um casco batendo na soleira.

- Por que você usou o casco ao invés da mão?- perguntou Rayna.

- Um é que o casca faz mais barulho do que a mão então preferi usar ele caso Percy ainda estivesse dormindo e o segundo é que conseguia sentir a presença de Luke lá dentro e eu não queria entrar e ver o que não precisava- disse Grover deixando ambos corados.

- Por que vocês sempre pensam isso em?- perguntou Percy.

- Muito provavelmente porque vocês estão numa idade que os hormônios estão a flor da pele- disse Apolo.

- Entre- disse meu levantando junto com Luke.

Grover trotou para dentro, parecendo preocupado, olhando primeiro para Luke e depois para mim.

- O sr. D quer vê-lo.

- Por quê?

- Ele quer matar... quer dizer, é melhor deixar que ele conte.

Eu me vesti, agitado, e fui, certo de que estava em uma grande encrenca.

Havia dias eu estava esperando uma convocação para a Casa Grande. Agora que tinha sido declaradofilho de Poseidon, um dos Três Grandes deuses que não deveriam ter filhos, imaginei que o simples fatode estar vivo já fosse um crime. Os outros deuses provavelmente haviam debatido sobre o melhor jeito deme punir por existir, e agora o sr. D estava pronto para dar seu veredicto.

Acima do estreito de Long Island, o céu parecia uma sopa de tinta em ponto de fervura. Uma cortinabrumosa de chuva vinha em nossa direção. Perguntei a Grover se precisávamos de um guarda-chuva.

- Não - disse ele. - Aqui nunca chove, anão ser que queiramos.

Apontei a tempestade.

- Então o que diabo é aquilo?

Ele olhou, preocupado, para o céu.

- Vai passar em volta de nós. O mau tempo sempre faz isso.

Percebi que ele estava certo. Fazia uma semana que estava ali e nunca vira o tempo fechado. As poucasnuvens de chuva que tinha notado contornavam os limites do vale.

Mas aquela tempestade... aquela era imensa.

Na arena de vôlei as crianças do chalé de Apolo jogavam uma partida matinal contra os sátiros. Osgêmeos de Dionisio caminhavam em volta dos campos de morangos fazendo as plantas crescerem. Todosestavam cuidando de suas tarefas normais, mas pareciam tensos. Estavam de olho na tempestade.

Grover e eu caminhamos até a varanda da frente da Casa Grande. Dionísio estava sentado à mesa depinoche com sua Diet co*ke, usando a camisa havaiana com listras de tigre, exatamente como no meuprimeiro dia. Quíron estava do outro lado da mesa em sua falsa cadeira de rodas. Jogavam contraoponentes invisíveis - duas mãos de cartas flutuavam no ar.

- Bem, bem - disse o sr. D sem erguer os olhos. - Nossa pequena celebridade.

Eu aguardei.

- Chegue mais perto - disse o sr. D. - E não espere que eu me prostre diante de você, mortal, só porque ovelho Barbas de Craca é seu pai.

Poseidon apenas olhou para Dionísio e depois olhou para Percy que estava olhando para qualquer ponto que não fosse o Deus do vinho.

Uma rede de raios brilhou através das nuvens. Um trovão fez tremerem as janelas da casa.

- Blablablá - disse Dionisio.

Quíron fingiu interesse em suas cartas de pinoche. Grover se encolheu junto ao gradil, os cascos batendopara a frente e para trás.

- Se as coisas fossem do meu jeito - disse Dionisio -, eu faria suas moléculas irromperem em chamas. Nósvarreríamos as cinzas e estaríamos livres de um monte de problemas. Mas Quíron parece achar que issoseria contra a minha missão neste acampamento maldito: manter vocês, moleques, a salvo do mal.

- Combustão espontânea é uma forma de mal, sr. D - interveio Quíron.

- Bobagem - disse Dionisio. - O menino não sentiria nada. No entanto, eu concordei em me conter. Estoupensando em transformar você em um golfinho em vez disso, e mandá-lo de volta para seu pai.

Percy se mecheu desconfortável, enquanto Poseidon e Zeus olhavam para Dionísio que não falou nada.

- Sr. D... - advertiu Quíron.

- Ora, está bem - cedeu Dionisio. - Há mais uma opção. Mas é uma insensatez descomunal. - Dionsiolevantou-se, e as cartas dos jogadores invisíveis caíram sobre a mesa. - Estou indo ao Olimpo para umareunião de emergência. Se o menino ainda estiver aqui quando eu voltar, vou transformá-lo em um nariz-de-garrafado Atlântico. Entendeu? E Perseu Jackson, se você for mesmo esperto, verá que se trata deuma escolha muito mais sensata do que aquela que Quíron imagina.

Dionísio pegou uma carta, torceu-a e ela se transformou em um retângulo de plástico. Cartão de crédito?Não. Um passe de segurança.

Ele estalou os dedos.

O ar pareceu se dobrar e se curvar em volta dele. Ele transformou-se em um holograma, depois em umvento e depois desapareceu, deixando para trás apenas o cheiro de uvas recém-prensadas.

Quíron sorriu para mim, mas parecia cansado e tenso.

- Sente-se, Percy, por favor. Grover também.

Nós obedecemos.

Quíron pôs suas cartas na mesa. A mão vencedora que ele não chegara a usar.

- Diga-me, Percy - disse ele. - O que você fez com o cão infernal?

Só de ouvir o nome, eu estremeci.

Quíron provavelmente queria que eu dissesse: Ora, aquilo não foi nada. Costumo comer cães infernais nocafé-da-manhã. Mas eu não estava com vontade de mentir.

- Ele me apavorou - falei. - Se vocês não o tivessem acertado, eu estaria morto.

- Você vai enfrentar coisas piores, Percy. Muito piores, antes de terminar.

- Terminar... o quê?

- Sua missão, é claro. Você vai aceitá-la?

Dei uma olhada para Grover, que estava cruzando os dedos.

- Ahn, senhor, ainda não me contou qual será.

Quíron fez uma careta.

- Bem, essa é a parte difícil, os detalhes.

Um trovão irrompeu pelo vale. As nuvens de tempestade haviam agora chegado ao limite da praia. Atéonde eu podia ver, o céu e o mar estavam fervendo juntos.

- Poseidon e Zeus - disse eu. - Eles estão lutando por algo valioso... algo que foi roubado, não estão?

Quíron e Grover trocaram olhares.

- Como você sabe disso?

Senti o rosto quente. Desejei não ter aberto meu bocão.

- Desde o Natal o tempo está esquisito, como se o mar e o céu estivessem brigando. Então falei comAnnabeth, e ela tinha ouvido alguma coisa sobre um roubo. E ... também andei sonhando umas coisas.

- Eu sabia - disse Grover.

- Quieto, sátiro - ordenou Quíron.

- Mas essa é a missão dele! - Os olhos de Grover estavam brilhantes de excitação. - Tem de ser!

- Só o Oráculo pode determinar. - Quíron alisou a barba eriçada. - No entanto, Percy, você está correto.

Seu pai e Zeus estão tendo sua pior disputa em séculos. Estão lutando por uma coisa valiosa que foiroubada. Para ser preciso: um relâmpago.

- Meu raio mestre Poseidon... - Zeus foii interrompido por Percy que tinha perdido a paciência.

- NÃO FOI MEU PAI QUE ROUBOU ESSA PORCARIA DE RAIO, NEM EU E QUEM SABE DEPOIS DESSA VOCÊ APRENDA A NÃO DEIXAR ESSA PORCARIA JOGADA EM QUALQUER LUGAR- gritou Percy sem paciência, com raiva e assutando todos incluindo Zeus. Luke puxou o namorado para seu colo e tentando com muito sucesso o acalmar.

- Ele tem razão e outra eu nunca encostaria nesse raio várias saber onde você já enfiou essa coisa

- Me lembre de nunca deixar Percy com raiva- disse Léo para Jason e Piper.

- Pode deixar- disseram os dois juntos.

- Acho melhor continuar lendo- sugeriu Quíron. Afrodite começou a ler novamente.

Eu ri nervoso.

- Um o quê?

- Não brinque com isso - advertiu Quíron. - Não estou falando de um ziguezague recoberto de papelalumíniocomo você vê em peças da escola. Estou falando de um cilindro de bronze celestial de alto grau,com sessenta centímetros de comprimento, arrematado em ambos os lados com explosivos de níveldeífico.

- Ah.

- O raio-mestre de Zeus - disse Quíron, agora ficando emocionado. - O símbolo de seu poder, conforme oqual todos os outros raios são moldados. A primeira arma feita pelos Ciclopes para a guerra contra osTitãs, que decepou o cume do Monte Etna e arremessou Cronos para fora do seu trono; o raio-mestre, queacumula potência suficiente para fazer as bombas de hidrogênio dos mortais parecerem fogos deartifícios.

- E ele desapareceu? - Roubaram - disse Quíron.

- Quem roubaram?

- Quem roubou - corrigiu Quíron. Uma vez professor, sempre professor. - Você.

Meu queixo caiu.

- Pelo menos - Quíron ergueu uma das mãos -, é isso que Zeus pensa. Durante o solstício de inverno, naúltima assembléia dos deuses, Zeus e Poseidon tiveram uma discussão. As tolices de sempre: ―A MãeRhea sempre gostou mais de você, ―Os desastres aéreos são mais espetaculares que os marítimos etc.

Mais tarde, Zeus se deu conta de que o seu raio-mestre havia desaparecido, levado da sala do trono bemdebaixo do seu nariz. No mesmo instante culpou Poseidon. Agora, um deus não pode usurpar diretamenteo símbolo de poder de outro deus - isso é proibido pela mais antiga das leis divinas. Mas Zeus acreditaque seu pai convenceu um herói humano a pegá-lo.

- Mas eu não...

- Paciência, e escute, criança - disse Quíron. - Zeus tem boas razões para suspeitar. As forjas dosCiclopes ficam embaixo do oceano, o que dá a Poseidon alguma influencia sobre os fabricantes dos raiosdo seu irmão. Zeus acredita que Poseidon pegou o raio-mestre e está agora mandando os Ciclopesconstruírem secretamente um arsenal de cópias ilegais, que poderiam ser usadas par derrubar Zeus doseu trono. A única coisa de que Zeus não tinha certeza era qual herói Poseidon usara para roubar o raio.

Agora Poseidon declarou abertamente que você é filho dele. Você estava em Nova York nas férias deinverno. Poderia facilmente ter se infiltrado no Olimpo. Zeus acredita que encontrou o seu ladrão.

- Mas eu nunca estive no Olimpo! Zeus está maluco!

- Só agora que você percebeu- disse Hades.

- Esse é corajoso- disse Ares.

Os romanos não sabiam o fazer ou o que pensar com a falta de respeito que Percy estava tratando o rei dos Deuses.

Quíron e Grover olharam nervosamente para o céu. As nuvens não pareciam estar se separando à nossavolta, como Grover prometera. Estavam vindo para cima do nosso vale, fechando-nos dentro dele comouma tampa de caixão.

- Ahn, Percy...? - disse Grover. - Nós não usamos essa palavra que começa com m para descrever oSenhor do Céu.

- Paranóico, quem sabe - sugeriu Quíron. - Mas, por outro lado, Poseidon já tentou derrubar Zeus antes.Acredito que essa foi a pergunta 38 da sua prova final... - Ele olhou para mim como quem realmenteesperava que e me lembrasse da pergunta 38.

Como podia alguém me acusar de roubar a arma de um deus? Eu não conseguia nem furtar um pedaçode pizza da mesa de pôquer de Gabe sem ser pego. Quíron estava esperando por uma resposta.

Poseidon fez careta ao pensar que seu filho já teve que tentar roubar comida para não passar fome.

- Alguma coisa a ver com uma rede de ouro? - adivinhei. - Poseidon, e Hera, e alguns outros deuses...eles, tipo, prenderam Zeus numa armadilha e não o deixaram sair até ele prometer ser um soberanomelhor, certo?

- Correto - disse Quíron. - E Zeus nunca mais confiou em Poseidon desde então. Poseidon, é claro, negater roubado o raio-mestre. Ele se ofendeu com a acusação. Os dois vêm discutindo o tempo todo hámeses, com ameaças de guerra. E agora você apareceu - a famosa gota-d’água.

- Mas eu sou apenas uma criança!

- Percy - interveio Grover -, se você fosse Zeus, e já achasse que o seu irmão estava planejando derrubálo,e então subitamente admitisse que havia quebrado o juramento sagrado que fizera depois da SegundaGuerra Mundial e que era pai de um novo herói mortal que poderia ser usado como uma arma contravocê... Isso não o deixaria com a pulga atrás da orelha?

- Mas eu não fiz nada. Poseidon - meu pai -, ele realmente não mandou roubar o raio-mestre, mandou?

Quíron suspirou.

- A maioria dos observadores inteligentes concordaria que o roubo não faz o estilo de Poseidon. Mas oDeus do Mar é orgulhoso demais para tentar convencer Zeus disso. Zeus exigiu que Poseidon devolva oraio até o solstício de verão. Isso será em 21 de junho, dez dias a contar de agora. Poseidon quer umpedido de desculpas por ser chamado de ladrão até essa mesma data. Eu tinha esperanças de que adiplomacia prevalecesse, que Hera ou Demeter ou Héstia fariam os dois irmãos verem a razão. Mas a suachegada inflamou o gênio de Zeus. Agora nenhum dos dois deuses quer recuar. A não ser que alguémintervenha, a não ser que o raio-mestre seja encontrado e devolvido a Zeus antes do solstício, haveráguerra. E você sabe como poderia ser uma guerra total, Percy?

- Ruim ? - adivinhei.

- Mais do que ruím Percy, bem mais- disse Thalia.

- Imagine o mundo em caos. A natureza em guerra consigo mesma. Os olimpianos forçados a escolherlados entre Zeus e Poseidon. Destruição. Carnificina. Milhões de mortos. A civilização ocidentaltransformada em um campo de batalha tão grande que fará a Guerra de Tróia parecer uma luta de balõesd’água.

- Ruim - repeti.

- E você, Percy Jackson, será o primeiro a sentir a ira de Zeus.

Começou a chover. Os jogadores de vôlei interromperam o jogo e olhavam perplexo para o céu.

- Da pra parar de punir todas as crianças por algo que você acha que Poseidon fez, mas não tem nenhuma prova- disse Hermes.

Eu havia trazido a tempestade para a Colina Meio-Sangue, Zeus estava punindo o acampamento inteiropor minha causa. Eu estava furioso.

- Então eu tenho de encontrar aquele raio estúpido - disse. - E devolvê-lo a Zeus.

- Que melhor oferenda de paz - disse Quíron -, do que fazer filho de Poseidon devolver o que é de Zeus?

- Se não está com Poseidon, onde está essa coisa?

- Eu creio que sei. - A expressão de Quíron era soturna. - Parte da profecia que recebi anos atrás... bem,algumas frases fazem sentido para mim, agora. Mas, antes que eu possa dizer mais, você precisa aceitaroficialmente a missão. Você precisa procurar o conselho do Oráculo.

- Por que você não pode dizer de antemão onde está o raio?

- Porque, se eu fizer isso, você ficará assustado demais para aceitar o desafio.

Eu engoli em seco.

- Boa razão.

- Então você concorda?

Olhei para Grover, que assentiu encorajadoramente.

Fácil para ele. Era a mim que Zeus queria matar.

- Está bem - disse eu. - É melhor do que ser transformado em um golfinho.

- Então é hora de você consultar o Oráculo - disse Quíron. - Vá para cima, Percy Jackson, para o sótão.

Quando descer de novo, presumindo que ainda esteja lúcido, conversaremos mais.

Quatro lances acima, a escada terminava embaixo de um alçapão verde.

Puxei o cordão. A porta se abriu e uma escada de madeira caiu ruidosamente no lugar.

O ar morno que vinha de cima cheirava a mofo, madeira podre e mais alguma coisa... um cheiro que melembrou a aula de biologia. Répteis. O cheiro de serpentes.

Silena fez careta ao imaginar o cheiro do lugar.

- Nojento- disse Silena.

Prendi a respiração e subi.

O sótão estava atulhado de sucata de heróis gregos: suportes de armaduras cobertos de teias de aranha;escudos outrora brilhantes cheios de adesivos dizendo ÍTACA, ILHA DE CIRCE E TERRA DASAMAZONAS. Sobre uma mesa comprida estavam amontoados potes de vidro cheios de coisas emconserva - garras peludas decepadas, enormes olhos amarelos e diversas outras partes de monstros. Umtroféu empoeirado na parede parecia ser uma cabeça de serpente gigante, mas com chifres e uma arcadacompleta de dentes de tubarão. Uma placa dizia: CABEÇA N. 1 DA HIDRA, WOOSSTOCK, N.Y., 1969.

Junto à janela, sentado em uma banqueta de madeira com três pernas, estava o suvenir mais pavoroso detodos: uma múmia. Não do tipo enfaixada em panos, mas um corpo humano feminino, ressecado até ficarsó a casca. Usava um vestido de verão estampado em batique, com uma porção de colares de contas euma bandana por cima de longos cabelos pretos. A pele do rosto era fina e parecia couro por cima docrânio, e os olhos eram fendas brancas vítreas, como se os olhos de verdade tivessem sido substituídospor bolas de gude; devia estar morta fazia muito, muito tempo.

Olhar para ela me deu arrepios nas costas. E isso foi antes de ela se endireitar na banqueta e abrir a boca.

Uma névoa verde jorrou da garganta da múmia, serpenteando pelo chão em anéis grossos, sibilando

como vinte mil cobras. Tropecei em mim mesmo tentando chegar até o alçapão, mas ele se fechou comuma batida. Dentro da minha cabeça, ouvi uma voz, deslizando por um ouvido e se enroscando por meucérebro: Eu sou o espírito de Delfos, porta-voz das profecias de Febo Apolo, assassino da poderosa Píton.Aproxime-se, você que busca, e pergunte.

- Me esqueço de dizer à Percy como o Oráculo funciona- disse Quíron.

Eu quis dizer: Não, obrigado, porta errada, só estava procurando o banheiro. Mas me forcei a respirarfundo.

A múmia não estava viva. Era algum tipo de receptáculo horripilante para uma outra coisa, o poder quegirava em espiral à minha volta na névoa verde. Mas sua presença não parecia maligna, como a daprofessora demoníaca de matemática, a sra. Dodds ou a do Minotauro. Era mais como as Três Parcas queeu tinha visto tricotando o fio de lã ao lado da banca de frutas da rodovia: antiga, poderosa e, sem duvida,não-humana. E também não parecia especialmente interessada em me matar.

- Deveria ser assim?- perguntou Jason.

- Não- respondeu Apolo- ele deveria mudar de corpo assim que o receptáculo morresse, mas por algum motivo ele não muda de corpo a anos.

Hades se mecheu desconfortável um pouco arrependido do que tinha feito, mas não o suficiente para se sentir arrependido. (não o culpo, acho até que passo o pano demais pro Hades)

Reuni coragem para perguntar:

- Qual é o meu destino?

A névoa rodopiou, mais densa, juntando-se bem na minha frente e em volta da mesa com os potes quecontinham partes de monstros em conserva. De repente, havia quatro homens sentados à volta da mesa,jogando cartas. Os rostos ficaram mais nítidos. Era Gabe Cheiroso e seus cupinchas.

- Não podia ser outra pessoa não tinha que ser justamente um bando de idiotas- disse Rachel.

Meus punhos se contraíram, embora eu soubesse que aquele jogo de pôquer não podia ser real. Era umailusão, feita d névoa.

Gabe voltou-se para mim e falou na voz rouca do Oráculo: Você irá para o oeste, e irá enfrentar o deusque se tornou desleal.

O cupincha da direita ergueu os olhos e disse com a mesma voz: Você irá encontrar o que foi roubado, e overá devolvido em segurança.

O da esquerda colocou três fichas na mesa, depois disse: Você será traído por aquele que o chama deamigo.

- Bem Luke já esta fora de questão ele e o Percy já ultrapassaram a linha da amizade- disse Beckendorf.

Por fim Eddie, o zelador do nosso edifício, preferiu a por sentença de todas: E, no fim, irá fracassar emsalvar aquilo que mais importa.

As figuras começaram a se dissolver. De início fiquei atordoado demais para dizer alguma coisa, masquando a névoa recuou, enrolando-se como uma enorme serpente verde e deslizando de volta para dentroda boca da múmia, eu gritei:

- Espere! O que quer dizer? Que amigo? O que não vou conseguir salvar?

A cauda da serpente de névoa desapareceu na boca da múmia. Ela se reclinou de volta contra a parede.

A boca fechou-se bem apertada, como se não tivesse sido aberta em cem anos. O sótão ficou silenciosode novo, abandonado, nada além de uma sala cheia de suvenires.

Tive a sensação de que poderia ficar lá parado até juntar teias de aranha também, e não ficaria sabendomais nada.

Minha audiência com o Oráculo estava encerrada.

- E então? - Quíron me perguntou.

Desabei em uma cadeira à mesa de pinoche. - Ela disse que eu devia recuperar o que foi roubado.

Grover se inclinou para frente, mascando animado os restos de uma lata de Diet co*ke.

- Isso é ótimo!

- O que foi que o Oráculo disse exatamente? - pressionou Quíron. - Isso é importante.

- Ela... ela disse que eu iria para o oeste e enfrentaria um deus que se tornou desleal. Recuperaria o quefoi roubado e devolveria em segurança.

- Eu sabia - disse Grover.

Quíron não pareceu satisfeito.

- Mais alguma coisa?

Eu não queria contar a ele.

Que amigo iria me trair? Eu não tinha tantos assim.

E a última sentença - eu fracassaria em salvar o que mais importa. Que tipo de Oráculo me mandaria emuma missão e me diria, Ah, a propósito, você vai se dar mal.

Como eu poderia confessar aquilo? Mas tirei coragem não sei de onde e falei.

Que eu seria traído por aquele que o chamo de

amigo.

E, no fim, irei fracassar emsalvar aquilo que mais importa.

- Isso é tudo- falei.

Ele estudou meu rosto.

- Muito bem, Percy. Mas saiba disto as palavras do Oráculo freqüentemente têm duplo sentido. Não se fiedemais nelas. A verdade nem sempre fica clara até que os eventos aconteçam.

Tive a sensação de que ele sabia que eu estava nervoso e assutado, e tentava fazer com que eu mesentisse melhor.

- E você realmente estava- disse estava.

- Certo - falei, ansioso por mudar de assunto. - Então, aonde vou? Quem é esse deus no oeste?

- Ah, pense, Percy - disse Quíron. - Se Zeus e Poseidon enfraquecem um ao outro numa guerra, quemtem a ganhar com isso?

- Algum outro que queira tomar o poder? - adivinhei.

- Sim, exatamente. Alguém que guarda um ressentimento, alguém que está infeliz com a parte que lhecoube desde que o mundo foi dividido eras atrás, cujo reinado se tornará poderoso com a morte demilhões. Alguém que odeia os irmãos por forçá-lo a um juramento de não ter mais filhos, um juramentoque ambos quebraram.

Pensei nos meus sonhos, na voz maligna que falara do fundo da terra.

- Hades.

Quíron assentiu.

- O Senhor dos Mortos é a única possibilidade.

Grover babou um pedaço de alumínio pelo canto da boca.

- Opa, espere aí. O-o quê?

- Uma das Fúrias veio trás de Percy - lembrou Quíron. - Ela observou o rapaz até ter certeza da suaidentidade, e então tentou matá-lo. As Fúrias obedecem a um só senhor: Hades.

- Sim, mas... mas Hades odeia todos os heróis - protestou Grover. - Especialmente se tiver descoberto quePercy é filho de Poseidon...

- Um cão infernal conseguiu entrar na floresta - continuou Quíron. - Eles só podem ser convocados dosCampos da Punição, e ele tinha de ser convocado por alguém de dentro do acampamento. Hades deve terum espião aqui.

- Preferiria Hades ter um espião do Cronos- mumurrou Percy, Luke o abraçou mais forte.

Ele deve suspeitar que Poseidon tentará usar Percy para limpar seu nome. Hadesgostaria muito de matar esse jovem meio-sangue antes que ele possa assumir a missão.

- Boa - murmurei. - São dois dos deuses mais importantes querendo me matar.

- Mas uma missão para... - Grover engoliu em seco. - Quer dizer, o raio-mestre não poderia estar emalgum lugar como o Maine? O Maine é muito agradável nesta época do ano.

- Hades enviou um protegido para roubar o raio-mestre - insistiu Quíron. - Ele o escondeu no MundoInferior, sabendo muito BM que Zeus culparia Poseidon. Não pretendo entender perfeitamente os motivosdo Senhor dos Mortos ou por que ele escolheu esta época para começar uma guerra, mas uma coisa écerta: Percy precisa ir ao Mundo Inferior; encontrar o raio-mestre e revelar a verdade.

Um fogo estranho queimou em meu estômago. O mais esquisito era que não se tratava de medo. Eraexpectativa. O desejo de vingança. Hades tentara me matar três vezes até agora, com a Fúria, oMinotauro e o cão infernal. Por sua culpa minha mãe desaparecera em um clarão. Agora ele tentavaenquadrar eu e meu pai por um roubo que não tínhamos cometido.

Eu estava pronto para enfrentá-lo.

Além disso, se minha mãe estava no Mundo Inferior...

Epa, rapaz!, disse a pequena parte do meu cérebro que ainda estava lúcida. Você é um garoto. Hades éum deus.

- Não que você tenha ouvido essa parte quando encontramos Hades- disse Annabeth.

Grover estava tremendo. Tinha começado a comer cartas de pinoche como se fossem batatinhas fritas.O pobre sujeito precisava completar uma missão comigo para obter sua licença de buscador, o que querque fosse isso, mas como poderia lhe pedir que participasse daquilo, principalmente sabendo que oOráculo dissera que eu ia fracassar? Era suicídio.

- Olhe, se nós abemos que é Hades - disse a Quíron -, Zeus ou Poseidon poderiam descer ao MundoInferior e fazer rolar algumas cabeças.

- suspeitar e saber não são o mesmo - disse Quíron. - Além disso, mesmo que suspeitem de Hades...imagino que Poseidon suspeite.. os outros deuses não poderiam recuperar o raio por si mesmos. Deusesnão podem entrar nos territórios um do outro a não ser que sejam convidados. Essa é outra regra muitoantiga. Heróis, por outro lado, têm certos privilégios. Podem ir a qualquer lugar, desafiar qualquer um,desde que sejam corajosos e fortes o bastante para fazê-lo. Nenhum deus pode ser responsabilidadepelos atos de um herói. Por que acha eu os deuses sempre agem por intermédio de seres humanos?

- Você está dizendo que estou sendo usado.

- Estou dizendo que não é por acaso que Poseidon o assumiu agora. É uma jogada muito arriscada, masele está em uma situação desesperadora. Precisa de você.

Meu pai precisa de mim.

As emoções giraram dentro de mim como pedaços de vidro em um caleidoscópio. Eu não sabia se sentiaressentimento, gratidão, alegria ou raiva. Poseidon me ignorara por doze anos. Agora de repente,precisava de mim.

Poseidon se mecheu desconfortável em seu acento.

Olhei para Quíron.

- Você sabia o tempo todo que eu era filho de Poseidon, não é?

- Tinha minhas suspeitas. Como eu disse... também falei com o Oráculo.

Tive a sensação de que havia muita coisa que ele não estava me contando sobre sua profecia, maspercebi que não poderia me preocupar com aquilo naquela hora. Afinal, eu também estava sonegandoinformações.

- Então, deixe-me entender direito - falei. - Preciso ir para o Mundo Inferior e confrontar o Senhor dosMortos.

- Confere - disse Quíron.

- Para encontrar a arma mais poderosa do universo.

- Confere.

E levá-la de volta ao Olimpo antes do solstício de verão, daqui a dez dias.

- Isso mesmo.

Olhei para Grover, que engoliu o ás de copas.

- Cheguei a mencionar que o Maine é muito agradável nesta época do ano? - perguntou ele de um jeitocansado.

- Você não precisa ir - disse a ele. - Não posso lhe exigir isso.

- Ah... - Ele se balançou de um casco para o outro. - Não... é só que os sátiros, e os lugares embaixo daterra... bem...

- Tô começando a pegar trauma de subterrâneo também- disse Percy, Annabeth e Luke concordaram- bem estamos começando.

Ele respirou fundo, depois se pôs de pé, sacudindo os pedaços de cartas e alumínio da camiseta.

- Você salvou a minha vida, Percy. Se... se está falando sério em querer que eu vá junto, não vou deixá-lona mão.

Fiquei tão aliviado que tive vontade de chorar, embora não achasse isso muito heróico. Grover era o únicoamigo que já tivera por mais que alguns meses. Não sabia muito bem o que um sátiro poderia fazer contraas forças dos mortos, mas me senti melhor sabendo que ele estaria comigo.

- Juntos até o fim, homem-bode. Eu me virei para Quíron. - Então, para onde vamos? O Oráculo só dissepara ir para oeste.

- A entrada para o Mundo Inferior fica sempre no oeste. Muda de lugar de era em era, como o Olimpo.

Atualmente, é claro, fica nos Estados Unidos.

- Onde?

Quíron pareceu surpreso.

Pensei que fosse óbvio. A entrada para o Mundo Inferior fica em Los Angeles.

- Ah - falei. - Claro. Então é só pegar um avião...

- Não! - gritou Grover. - Percy, o que está pensando? Alguma vez na vida já esteve em um avião?

Sacudi a cabeça, sem graça. Minha mãe nunca me levara para lugar algum de avião. Ela sempre dizia quenão tínhamos dinheiro pra isso. Além disso, os pais dela tinham morrido em um desastre de avião.

- Percy, pense - disse Quíron. - Você é filho do Deus do Mar. O rival mais rancoroso do seu pai é Zeus,Senhor do Céu. Sua mãe sabia muito bem que não podia confiar você a um avião.

Acima de nós, relâmpagos estalaram. O trovão ribombo.

- Certo - disse eu, determinado a não olhar para a tempestade. - Então, viajarei por terra.

- Certo - disse Quíron. - Dois parceiros poderão acompanhá-lo. Grover é um. O outro já se apresentoucomo voluntário, se você aceitar a ajuda dela.

- Puxa - falei, fingindo surpresa. - Quem mais seria bastante estúpido para se apresentar para uma missãocomo essa?

O ar tremulou atrás de Quíron.

Annabeth se tornou visível, enfiando o boné dos Yankees no bolso de trás.

- Eu estava esperando há muito tempo por uma missão, cabeça de alga - disse ela. - Atena não é fã dePoseidon, mas se você vai salvar o mundo, sou a melhor pessoa para impedir que estrague tudo.

- Exibida- disse Rachel baile.

- Ou você só sé acha dona da razão e que nenhuma ideia é melhor que as suas- resmungou Léo, mas Annabeth acabou ouvindo e olhou para ele- que foi eu to errado por acaso.

- Se é você quem diz. Tem algum plano, sabidinha?

As bochechas dela coraram.

- Você quer a minha ajuda ou não?

A verdade é que eu queria. Precisava de toda a ajuda que pudesse encontrar.

- Um trio - disse eu. - Isso vai dar certo.

- Excelente - disse Quíron. - Esta tarde podemos levar vocês no máximo até o terminal de ônibus emManhattan. Depois disso, estarão por conta própria.Um relâmpago. A chuva desabou sobre as campinas que jamais deveriam ver um temporal violento.

- Deveriam ter mandado Luke junto todo acampamento já sabia que ele tinha um efeito cosegue ter um calmante no Percy- disse Grover.

- Concordo- disse Quíron realmente a rapidez que Luke conseguem acalmar o Percy era surpreende- vou me lembrar disso da próxima vez.

- Não há tempo a perder - disse Quíron. - Acho que todos vocês devem fazer as malas.

- Fim do capítulo- disse Afrodite.

O livro flutuou até o meio da sala.

- Muito bem pausa de alguns minutos- disse Quíron- Clarisse e Annabeth comigo vamos conversar sobre o comportamento de vocês dias.

Sim o Percy contou toda profecia. Porque? Porque me deu vontade de fazer assim.
Então acharam todas as mudanças que fiz nesse capítulo?

História Deuses lendo Percy Jackson e o Ladrão de raios (2024)

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